Diante da crise gerada pelas tarifas impostas pelo governo dos EUA, o Congresso americano avalia propor limites ao poder da Casa Branca na definição da política comercial do país. Um projeto, apoiado por democratas e republicanos, exigiria que o Executivo notificasse o Legislativo com 48 horas de antecedência antes de implementar novas tarifas, além de permitir que o Congresso as vete. No entanto, a medida enfrenta resistências, inclusive do líder da maioria no Senado, que mantém apoio público às políticas em vigor. A Casa Branca já sinalizou que vetaria a proposta se aprovada.
A discussão reflete a crescente preocupação do eleitorado e do setor empresarial com os impactos negativos da guerra comercial. Especialistas alertam que as tarifas podem elevar a inflação e reduzir a competitividade de empresas americanas no exterior. Produtores rurais, por exemplo, criticam a falta de demanda interna para absorver sua produção, enquanto montadoras já demitiram trabalhadores devido ao aumento nos custos de peças importadas.
O cenário atual amplia as incertezas sobre o futuro da política comercial dos EUA, com possíveis repercussões na economia global. Enquanto alguns defendem maior controle do Congresso sobre as tarifas, outros temem que a medida enfraqueça a capacidade de negociação do país. A tensão entre os Poderes e os efeitos práticos das tarifas continuam no centro do debate.
