O Congresso americano aprovou nesta quinta-feira (10) uma resolução orçamentária que estabelece diretrizes para os gastos federais, abrindo caminho para medidas emblemáticas da agenda presidencial, incluindo cortes de impostos. O texto, que passou por 216 votos a favor e 214 contra na Câmara dos Representantes, enfrentou resistência de democratas e até de republicanos, que criticaram o valor limitado de redução de gastos—apenas US$ 4 bilhões, abaixo dos US$ 1,5 trilhão desejado por alguns. Apesar das divergências, o líder republicano conseguiu alinhar seu partido, destacando prioridades como segurança fronteiriça e créditos fiscais.
A resolução visa prorrogar benefícios fiscais do primeiro mandato presidencial, que, segundo estimativas, custariam US$ 400 bilhões anuais ao governo federal na próxima década. Democratas alertam que o plano pode levar a cortes em programas sociais, como previdência e Medicaid, embora representantes republicanos neguem essa intenção. O acordo final incluiu uma promessa verbal de buscar economias maiores, acalmando os críticos dentro do partido.
O debate reflete tensões entre diferentes visões sobre o papel do Estado, com alguns defendendo austeridade fiscal e outros temendo impactos em políticas públicas. A medida agora segue para moldar as discussões orçamentárias, enquanto o governo busca equilibrar prioridades econômicas e sociais em um ano eleitoral. A aprovação estreita mostra os desafios de governabilidade em um Congresso dividido.