Nos últimos dois dias, ataques em Gaza resultaram na morte de mais de 90 pessoas, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde local no sábado (19). Entre as vítimas estão mulheres e crianças, algumas delas em áreas designadas como zonas humanitárias. Em Khan Younis, pelo menos 11 pessoas morreram, incluindo deslocados que estavam abrigados em tendas. Em Rafah, outros quatro óbitos foram registrados, entre eles uma mãe e sua filha.
O conflito teve início em outubro de 2023, após um ataque a Israel que deixou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns. Desde então, a maioria dos reféns foi liberada, mas a ofensiva em Gaza já causou mais de 51 mil mortes, segundo autoridades locais. A guerra devastou infraestruturas, comprometeu a produção de alimentos e deslocou aproximadamente 90% da população, que agora vive em condições precárias em acampamentos ou edifícios destruídos.
Organizações humanitárias alertam para a grave crise de fome na região, onde o bloqueio de suprimentos persiste há mais de seis semanas. Milhares de crianças enfrentam desnutrição, e a população sobrevive com apenas uma refeição diária, segundo relatos da ONU. A situação continua a se deteriorar, com poucas perspectivas de resolução no curto prazo.