Nos últimos dois dias, ataques em Gaza resultaram em mais de 90 mortos, segundo o Ministério da Saúde local. Entre as vítimas estão mulheres e crianças, incluindo pessoas que estavam em zonas designadas como humanitárias. Em Khan Younis, pelo menos 11 indivíduos morreram em um abrigo improvisado, enquanto em Rafah, quatro pessoas, entre elas uma mãe e sua filha, foram mortas em ataques separados. As operações militares intensificam-se enquanto as autoridades pressionam por libertação de reféns e desarmamento.
O conflito, iniciado em outubro de 2023, já causou a morte de mais de 51 mil palestinos, a maioria civis, e devastou grande parte da infraestrutura de Gaza. A produção de alimentos foi severamente afetada, e cerca de 90% da população foi deslocada, com muitos vivendo em acampamentos precários. O bloqueio israelense, que impede a entrada de alimentos e outros suprimentos há mais de seis semanas, agrava a crise, deixando milhares de crianças desnutridas e famílias sobrevivendo com apenas uma refeição diária.
Organizações internacionais alertam para o colapso humanitário, com estoques de alimentos em níveis críticos e condições de vida cada vez mais insustentáveis. A ONU destacou que a maioria dos habitantes enfrenta fome severa, enquanto os combates continuam a ceifar vidas e destruir comunidades. A situação permanece instável, com poucas perspectivas de resolução imediata.