Dois anos antes das eleições presidenciais na França, a condenação judicial de uma líder política, que a tornou inelegível, gerou protestos divergentes neste domingo (6). Seus apoiadores organizaram uma manifestação em Paris, criticando a decisão como uma interferência antidemocrática, enquanto opositores realizaram uma contramanifestação em defesa do Estado de direito e da separação de poderes. O partido Renascença, do presidente Emmanuel Macron, promoveu um evento paralelo para debater a proteção da democracia, destacando a polarização do cenário político francês.
A líder condenada, que possui significativa intenção de voto, alega que a Justiça cometeu um “escândalo democrático” ao impedir sua candidatura em 2027, acusação rejeitada por adversários. Enquanto isso, autoridades governamentais criticaram a organização de protestos contra decisões judiciais, alertando para riscos à estabilidade institucional. A situação ganhou dimensão internacional após declarações de apoio de políticos estrangeiros, levantando comparações com eventos controversos em outros países.
O debate central deste domingo reflete a tensão entre a defesa das instituições democráticas e as acusações de perseguição política. Enquanto alguns veem a decisão judicial como um freio necessário ao extremismo, outros a interpretam como uma ameaça à soberania popular. O clima de polarização sugere um ano eleitoral conturbado, com repercussões tanto na França quanto no cenário global.