Dois policiais militares foram condenados a mais de 16 anos de prisão, em regime fechado, pela morte de um homem em surto psicótico durante uma abordagem em Manaus em 2008. O Ministério Público anunciou que recorrerá da decisão para aumentar a pena, argumentando que o crime foi cometido com violência excessiva, mesmo após a vítima estar imobilizada e algemada. O laudo necroscópico confirmou que as agressões foram a causa direta do óbito.
O caso ocorreu quando a vítima, em crise psicológica, foi abordada por policiais após danificar uma viatura. A Justiça classificou o homicídio como qualificado por motivo torpe, caracterizando-o como ato de vingança, já que o homem não tinha condições de se defender. Seis policiais chegaram a ser denunciados, mas dois foram absolvidos por falta de provas suficientes.
A decisão judicial destacou a gravidade do crime, reforçando a necessidade de responsabilização por abuso de autoridade. O caso reacende debates sobre o uso da força por agentes de segurança e a proteção de indivíduos em situação de vulnerabilidade. O MP busca ampliar a condenação para estabelecer um precedente mais rigoroso em situações semelhantes.