O conclave é um ritual secular que reúne os cardeais do Colégio Cardinalício para eleger o novo papa, realizado na Capela Sistina, no Vaticano. Com a morte do papa Francisco, os 252 cardeais terão a missão de escolher seu sucessor. Após um período de nove dias de luto, os cardeais se reúnem na Casa Santa Marta, onde discutem os desafios da Igreja e delineiam possíveis candidatos ao pontificado. A votação, restrita a cardeais com menos de 80 anos, ocorre em sigilo, com até quatro votações diárias até que um nome atinja dois terços dos votos.
Durante o conclave, os cardeais depositam seus votos em uma urna, e as cédulas são queimadas após a apuração. Se nenhum candidato alcançar a maioria necessária, a fumaça negra sinaliza a ausência de um eleito. Caso contrário, a fumaça branca anuncia a escolha do novo papa, que é formalmente questionado sobre sua aceitação e o nome que adotará. O processo culmina com o anúncio “Habemus Papam” e a primeira bênção do pontífice.
O Brasil tem oito cardeais no Colégio Cardinalício, sendo sete elegíveis para votar. Dom Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, destacou que a escolha é guiada pela fé e não por política, reforçando o papel do Espírito Santo no processo. Dos 252 cardeais, 149 foram nomeados por Francisco, refletindo sua ênfase na representação global, incluindo regiões periféricas. A eleição ocorre em um contexto de diversidade geográfica, com cardeais de todos os continentes participando do conclave.