A despedida do Papa Francisco foi marcada por uma cerimônia solene na Praça São Pedro, seguida por seu sepultamento na Basílica de Santa Maria Maggiore. Com o luto oficial ainda em curso, a atenção agora se volta para o conclave, que começará em 8 de maio, para escolher o próximo líder da Igreja Católica. O processo, que no passado já durou anos, tornou-se mais ágil nas últimas décadas, mas a diversidade cultural entre os cardeais eleitores pode trazer novos desafios.
Dos 135 cardeais aptos a votar, 108 foram nomeados por Francisco, refletindo sua estratégia de incluir representantes de países periféricos no centro das decisões. Com eleitores de 71 países, incluindo nações como Tonga e Sudão do Sul, o conclave terá de conciliar visões distintas sobre os principais desafios da Igreja, desde a estagnação em regiões tradicionais até a pobreza em dioceses africanas e asiáticas. Essa variedade cultural, embora enriquecedora, pode prolongar as deliberações.
O conclave será um teste de liderança para o vice-decano do Colégio Cardinalício, Pietro Parolin, que terá de mediar as discussões em busca de unidade. Enquanto os cardeais se reúnem na Capela Sistina, o mundo aguarda a fumaça branca, sinal de que a Igreja tem um novo pontífice. A escolha não apenas definirá o rumo da instituição, mas também mostrará como séculos de tradição dialogam com as urgentes demandas do presente.