O Ibovespa enfrenta pressão nesta quarta-feira, 9, impulsionado pela queda expressiva das commodities e pela escalada da guerra comercial entre EUA e China. A China retaliou aumentando tarifas de importação dos EUA de 34% para 84%, enquanto os juros futuros avançam e o dólar ultrapassa R$ 6,00. O índice, que fechou em baixa de 1,32% no dia anterior, reflete a aversão global aos riscos, agravada pelo anúncio de novas tarifas dos EUA, incluindo 20% para a União Europeia e promessas de medidas contra produtos farmacêuticos.
A LCA-4intelligence destaca que as negociações com parceiros econômicos importantes tendem a ser difíceis, e o aumento arbitrário de tarifas pelos EUA pode desencadear uma guerra comercial ampla, especialmente com a China. A consultoria avalia que o impacto nos EUA será um choque negativo de oferta, enquanto, para o Brasil, o cenário externo pode se tornar desinflacionário. A queda no preço do petróleo, que chegou a 7%, levou a LCA a revisar suas projeções, reduzindo a expectativa para o IPCA em 2025 de 5,7% para 5,5%.
Enquanto isso, a BGC Liquidez estuda encerrar o ciclo de alta da Selic em maio, com um último aumento de 0,50 ponto percentual, elevando a taxa para 15% ao ano, devido a perspectivas de um ambiente mais desinflacionário. Às 11h21, o Ibovespa operava em leve alta de 0,24%, após oscilações durante a sessão, com Vale e Petrobras mostrando desempenhos mistos, influenciados pela volatilidade do minério de ferro e do petróleo.