A Comissão Europeia propôs tarifas de retaliação sobre produtos dos Estados Unidos em resposta às medidas adotadas pelo governo americano sobre aço e alumínio. A lista final de contramedidas, elaborada com base em consultas a 660 partes interessadas e governos nacionais, será votada em 9 de abril e implementada em duas etapas: a primeira em 15 de abril e a segunda em 15 de maio. O comissário de Comércio da UE destacou que as exportações europeias sujeitas a tarifas americanas podem gerar uma arrecadação anual de mais de € 80 bilhões para os EUA, um aumento significativo em relação aos € 7 bilhões anteriores.
A UE afirmou que a situação comercial com os EUA atingiu um ponto crítico, mas reiterou sua disposição para diálogo assim que os americanos estiverem abertos a negociações. As medidas da UE baseiam-se em três pilares: defesa de interesses por meio de tarifas retaliatórias, diversificação de parcerias com países como Índia e Indonésia, e proteção do mercado único contra desvios comerciais prejudiciais. O comissário lamentou que os EUA tratem as tarifas como ação corretiva, e não como medida tática.
Apesar do tom firme, a Comissão Europeia manteve a porta aberta para conversas, enfatizando que busca equilibrar os impactos entre os estados-membros. A decisão reflete a tentativa da UE de proteger sua economia enquanto aguarda uma possível reaproximação com os EUA, seu principal parceiro comercial.