Um cometa verde recém-descoberto, originário da Nuvem de Oort, provavelmente se desintegrou após sua passagem próxima ao Sol, frustrando as expectativas de ser visível a olho nu. Designado como C/2025 F2, o cometa SWAN havia sido observado por telescópios e binóculos nas últimas semanas, exibindo uma cauda alongada, mas especialistas acreditam que ele não resistiu ao calor solar e está desaparecendo rapidamente. O astrofísico Karl Battams afirmou que logo restará apenas uma pilha de escombros, marcando o fim do objeto celeste.
Cometas são relíquias congeladas da formação do sistema solar, compostas de gás e poeira bilhões de anos antigos. Este, em particular, teria sido avistado por astrônomos amadores em imagens capturadas por uma câmera da NASA e da Agência Espacial Europeia. Diferentemente de outros cometas notáveis, como o Neowise em 2020 ou o Hale-Bopp nos anos 1990, o SWAN não se aproximou da Terra, limitando sua visibilidade. Sua cor verde, difícil de ser percebida sem equipamentos, também contribuiu para o desafio de observação.
Battams destacou que esta pode ter sido a primeira e última viagem do cometa pelo sistema solar interno, tornando-o mais suscetível à desintegração. Após sua passagem, os remanescentes do objeto devem se perder nas regiões mais distantes do sistema, sem previsão de retorno. O fenômeno serve como um lembrete da natureza efêmera desses corpos celestes e da complexidade de prever seu comportamento.