Aos 60 anos, um comerciante de Juiz de Fora conquistou uma vaga no curso de licenciatura em matemática a distância na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A aprovação foi possível graças à seleção baseada no histórico escolar, modalidade que dispensou a necessidade do Enem. A filha do comerciante, Danielle, foi quem o inscreveu no processo, motivada pelo amor que ele sempre demonstrou pela disciplina. A surpresa da família veio em forma de uma festa para celebrar a conquista, já que ele não esperava ser selecionado após 42 anos longe dos estudos.
O comerciante, que se formou no ensino médio em 1984, enfrentou desafios para localizar o histórico escolar, mas conseguiu a documentação a tempo. Agora, ele se prepara para conciliar o trabalho com os estudos, aproveitando a flexibilidade do ensino a distância. Sua rotina será adaptada para priorizar as aulas no período noturno, e ele já planeja, após a formatura, retomar a paixão por ensinar matemática, desta vez como professor.
A história ilustra como modalidades alternativas de ingresso no ensino superior podem beneficiar pessoas que estão há décadas fora da sala de aula. O comerciante vê na graduação a chance de realizar um sonho antigo, enquanto a família celebra não apenas a aprovação, mas também a persistência e a dedicação dele. O caso também ressalta a importância do apoio familiar nesse tipo de jornada educacional.
