Em seu mais recente especial de stand-up, intitulado “Postmortem”, a comediante explora temas delicados como a perda do pai e da madrasta, mas sem abandonar seu estilo marcado por piadas ácidas e humor negro. Ela revela que, durante um show, o público interpretou seu momento de pausa para ler anotações como um instante de emoção, aplaudindo espontaneamente. A artista, conhecida por seu tom irreverente, rapidamente corrigiu a impressão, deixando claro que não estava chorando, mas sim seguindo seu método de trabalho.
O especial mistura referências a tragédias pessoais com tiradas sobre tabus sociais, mantendo o equilíbrio entre o cômico e o emocional. A comediante brinca até mesmo com sua própria distração, atribuída a hábitos recreativos, mas sem perder a profundidade do tema central. Essa abordagem reflete sua capacidade de transformar dor em material artístico, sem cair no sentimentalismo fácil.
Apesar do conteúdo pesado, o show mantém o tom leve característico de seu trabalho, com piadas que vão desde trocadilhos sexuais até comentários sobre figuras históricas polêmicas. A artista demonstra como o humor pode ser uma ferramenta para lidar com a dor, mesmo que isso exija quebrar expectativas do público. O resultado é um especial que desafia convenções, provando que até os momentos mais sombrios podem ser encarados com uma risada.