Por sete dias angustiantes, uma mulher aguardou notícias sobre sua família, que estava em um hotel de seis andares em Mandalay, no centro de Mianmar, quando o edifício desabou. Suas duas filhas, o marido e uma empregada doméstica estavam entre os possíveis desaparecidos. A demora nas operações de busca intensificou o desespero, enquanto a infraestrutura precária da cidade, com linhas de comunicação intermitentes, dificultava os esforços de resgate. Equipes mal equipadas dependiam de doações improvisadas, como lanternas e combustível, para continuar o trabalho.
A situação foi agravada pela hesitação de um gerente do hotel em permitir o uso de máquinas pesadas, com medo de novos desabamentos. Somente dias depois, equipes de resgate da China e da Rússia chegaram ao local, revelando a lentidão e a insuficiência da resposta oficial. Enquanto isso, a população enfrenta o medo de um prolongado caos, diante da incapacidade das autoridades em lidar com a crise.
O desastre expõe as falhas na gestão de emergências pelo governo, que, apesar da propaganda insistente, não consegue garantir segurança ou apoio eficiente em meio a tragédias. A falta de coordenação e recursos deixou famílias como a de Hnin à mercê da própria sorte, reforçando a desconfiança da população em relação às instituições locais.