A National Coffee Association (NCA) solicitou isenção das tarifas de importação de café impostas pelos EUA após o anúncio de taxas de 10% sobre produtos brasileiros, incluindo grãos de café. William Murray, presidente da NCA, afirmou que o pedido foi bem recebido pelo governo americano, destacando que a medida visa proteger empregos e a economia local, já que os EUA produzem menos de 1% do café que consomem. O setor cafeeiro americano gera 2,2 milhões de empregos e movimenta US$ 343 bilhões na economia, o que torna a tarifa um risco potencial para os consumidores, que podem enfrentar aumento nos preços.
Inicialmente, as taxas para café arábica do Brasil e Colômbia ficaram em 10%, enquanto países como Vietnã e Indonésia, fornecedores de café robusta, receberam alíquotas mais altas. No entanto, em 9 de abril, o governo americano reduziu temporariamente para 10% as tarifas de todos os países, exceto China, por 90 dias. A medida gerou incertezas no mercado, já que mudanças diárias nas políticas comerciais podem impactar os preços e a cadeia de suprimentos.
O Brasil é o maior fornecedor de café verde para os EUA, maior consumidor mundial da bebida. A NCA argumenta que a tarifa pode pressionar os custos para os consumidores finais, já que um aumento de 10% na importação pode resultar em um impacto ainda maior no varejo. A situação permanece em aberto, com possíveis ajustes nas políticas comerciais americanas nos próximos meses.