A National Coffee Association (NCA) solicitou isenção tarifária para o café brasileiro após os Estados Unidos imporem uma taxa de 10% sobre o produto. O presidente da NCA, William Murray, afirmou que o pedido foi bem recebido pelo governo americano, destacando que a medida é um sinal positivo. A solicitação ocorreu após o anúncio de tarifas sobre importações de vários países, incluindo o Brasil, principal fornecedor de café verde para os EUA, que consome mais café do que qualquer outro país.
Murray explicou que o café tem um status especial nos EUA, onde menos de 1% do consumo é produzido localmente. A indústria cafeeira americana gera 2,2 milhões de empregos e movimenta US$ 343 bilhões na economia. Ele alertou, porém, que as tarifas podem aumentar os preços para o consumidor final, já que os 10% sobre a importação se traduzem em um custo ainda maior nas xícaras. As taxas para outros fornecedores, como Vietnã e Indonésia, chegaram a 46% e 32%, respectivamente, mas foram temporariamente reduzidas para 10% para todos os países, exceto China.
Apesar da possível abertura para o café brasileiro ganhar mais espaço no mercado americano, a incerteza sobre as tarifas e o impacto inflacionário preocupa o setor. O cenário permanece instável, com mudanças diárias nas políticas comerciais dos EUA, o que pode afetar tanto os produtores quanto os consumidores finais. O debate reflete a importância do café não apenas como commodity, mas como um setor estratégico para a economia global.