As condições climáticas desfavoráveis na Região Sudeste, principal produtora de cana-de-açúcar do país, impactaram negativamente as previsões para a safra 2025/26. Segundo o primeiro levantamento da Conab, a produção nacional deve cair 2% em relação ao ciclo anterior, totalizando 663,4 milhões de toneladas. A queda é atribuída principalmente à redução da produtividade (-2,3%) e aos danos causados por secas, altas temperaturas e incêndios em São Paulo, onde a colheita deve ser 4,4% menor.
Nas demais regiões, o cenário é misto. Enquanto o Centro-Oeste deve aumentar sua produção em 2,1%, impulsionado pela expansão da área cultivada, o Sul mantém produtividade estável, e Norte e Nordeste registram crescimento moderado. Apesar da queda na safra de cana, a produção de açúcar deve atingir recorde histórico (45,9 milhões de toneladas), enquanto o etanol total (cana + milho) sofre leve redução de 1%, com destaque para o aumento de 11% no etanol de milho.
A Conab destaca que, mesmo com os desafios climáticos, o Brasil mantém competitividade no mercado internacional devido aos custos baixos e à possível redução da oferta em outros países. A expectativa é que as exportações se mantenham robustas, com o setor sucroenergético continuando a diversificar sua matriz, especialmente com a expansão do etanol de milho para suprir a demanda interna.