Pesquisadores do Caltech desenvolveram uma água-viva biônica, implantando um dispositivo microeletrônico no animal para que nade mais rápido e colete dados sobre temperatura, salinidade e oxigênio no oceano. Enquanto isso, cientistas, incluindo um brasileiro da USP, descobriram uma nova espécie de água-viva no Pacífico, batizada de “medusa da cruz de São Jorge” devido ao seu formato peculiar. Esses avanços contrastam com os desafios causados pela proliferação de águas-vivas no litoral gaúcho, onde mais de 12.600 casos de queimaduras foram registrados desde dezembro de 2023.
As águas-vivas, compostas por 95% de água, liberam toxinas quando ameaçadas, causando dor intensa semelhante a uma queimadura. Especialistas alertam que, em caso de contato, não se deve esfregar a pele ou usar água doce, mas sim lavar com água do mar ou vinagre. Além disso, mesmo fora da água, esses animais mantêm sua capacidade de envenenamento por até 24 horas, representando risco mesmo quando aparentemente mortos.
O aquecimento global tem favorecido a reprodução desses seres, que variam de 2 cm a 2 metros e podem ter até 40 tentáculos. No Brasil, espécies como a caravela portuguesa são comuns, e praias como a do Cassino, no RS, enfrentam surtos frequentes. Curiosamente, algumas águas-vivas são bioluminescentes, e o animal até possui um dia mundial celebrado em 3 de novembro. A combinação de pesquisa inovadora e cuidados preventivos se torna essencial para equilibrar exploração científica e segurança pública.