A gripe aviária continua sendo uma ameaça global, com autoridades de saúde alertando para o risco de uma pandemia. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) destacou a necessidade de vacinas mais eficazes, como a universal contra influenza, que já obteve resultados promissores em testes com animais. Essa vacina, baseada em RNA mensageiro, inclui sequências genéticas de diversos subtipos do vírus e induziu resposta imune contra múltiplas cepas. Enquanto isso, o Brasil trabalha no desenvolvimento de seu próprio imunizante, em parceria entre o Instituto Butantan e a Fiocruz, aguardando autorização para testes em humanos.
O vírus H5N1, causador da gripe aviária, tem alta letalidade e capacidade de mutação rápida, podendo se adaptar para infectar humanos com maior facilidade. Casos recentes em mamíferos, como gatos domésticos, aumentam a preocupação. Desde 2003, a OMS registrou 969 infecções humanas, com taxa de mortalidade superior a 50%, embora esse número venha caindo desde 2015. A transmissão ainda ocorre principalmente por contato com animais infectados, mas a crescente incidência em aves e mamíferos eleva o alerta.
No Brasil, foram confirmados 166 focos da doença, a maioria em aves silvestres, levando o Ministério da Agricultura a prorrogar o estado de emergência zoossanitária. Diante do cenário global, especialistas reforçam a urgência em acelerar a produção de vacinas e monitorar a evolução do vírus, evitando dependência de imunizantes estrangeiros em caso de uma crise maior.