As enchentes de maio de 2024 no Rio Grande do Sul atingiram severamente Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, submergindo 60% da área urbana e causando danos generalizados. Com 13 mortes na ocasião e um total de 27 vítimas somando-se às enchentes de setembro de 2023, a cidade enfrentou a destruição de mais de 1.100 casas, além de escolas e postos de saúde. O prefeito local destacou os desafios contínuos, como o reassentamento de famílias e a falta de recursos para reconstruir a infraestrutura, afirmando que a cidade não está preparada para um novo desastre dessa magnitude.
O foco atual é realocar moradores de áreas de risco, como o bairro Passo da Estrela, para locais mais seguros, mas a limitação financeira e a burocracia dificultam os avanços. O prefeito pediu maior repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para agilizar obras, enquanto critica a lentidão na instalação de serviços básicos, como energia e saneamento, nos novos loteamentos. Apesar do apoio dos governos estadual e federal, com promessas de moradias e investimentos em radares meteorológicos, muitos projetos ainda não saíram do papel.
O governo federal afirmou ter destinado R$ 111,6 bilhões ao estado, com 80% já executados em ações de recuperação. Enquanto isso, famílias aguardam em abrigos temporários, e a prefeitura busca soluções para urbanizar novas áreas. A situação expõe a fragilidade da região diante de eventos climáticos extremos e a necessidade de políticas mais ágeis e eficientes para prevenir futuras tragédias.