As chuvas registradas na última semana em importantes regiões produtoras do centro-sul do Brasil trouxeram alívio aos agricultores da segunda safra de milho, que responde por mais de 75% da produção nacional do cereal em 2024/25. Segundo a consultoria AgRural, as precipitações ajudaram a reduzir as perdas causadas pelo clima seco e quente de março, embora a distribuição tenha sido irregular em algumas áreas. O mercado interno, que havia atingido preços máximos em três anos no mês passado, registrou uma leve queda, influenciado pela melhora nas condições climáticas e pelo avanço da colheita.
A produção da segunda safra de milho está estimada em 95,5 milhões de toneladas, um aumento de quase 6% em relação à temporada anterior, impulsionado por ganhos de área e produtividade. No entanto, o consumo do cereal no país deve crescer ainda mais, pressionado pela demanda da indústria de etanol, o que pode levar a um aumento nas importações. Enquanto isso, o clima favorável em Mato Grosso, maior estado produtor, e a previsão de mais chuvas até meados de abril reforçam as expectativas de uma boa colheita.
Meteorologistas da Rural Clima preveem chuvas acima da média histórica em várias regiões produtoras até o dia 20 de abril, beneficiando as lavouras de milho, mas potencialmente atrapalhando a colheita de cana-de-açúcar. Enquanto isso, a colheita da soja no Brasil já atingiu 87% da área cultivada, com o Rio Grande do Sul sendo o foco devido aos impactos da estiagem. A primeira safra de milho também avança, com 88% da área colhida no centro-sul, superando o ritmo do ano anterior.