O início de abril de 2025 trouxe chuvas intensas que causaram alagamentos e desastres em cidades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Na capital paulista e em municípios como Mogi das Cruzes, Jacareí e Ubatuba, temporais resultaram em inundações. Já no Rio de Janeiro, Angra dos Reis e Petrópolis declararam estado de emergência, com centenas de desalojados e alto risco de deslizamentos, evidenciando a vulnerabilidade dessas regiões.
Esses eventos, recorrentes e previsíveis, levantam questionamentos sobre a eficácia das medidas de prevenção e gestão de crises. A lógica sugere que, quando fenômenos são conhecidos em termos de local, época e impacto, a falta de ações efetivas aponta para falhas estruturais. A omissão ou ineficiência na implementação de políticas públicas agrava os danos, especialmente em áreas já mapeadas como de alto risco.
As consequências recaem desproporcionalmente sobre as populações mais pobres e vulneráveis, que têm menos recursos para se recuperar e menos influência para demandar mudanças. A situação reforça a necessidade de uma abordagem mais proativa e técnica na gestão de riscos, evitando que tragédias previsíveis continuem a se repetir sem respostas adequadas das autoridades responsáveis.