Desde 14 de abril, o planeta Terra atravessa uma região do espaço com detritos deixados pelo Cometa Tatcher (C/1861), resultando no aumento de meteoros visíveis no céu brasileiro. Conhecida como chuva de meteoros Líridas, o fenômeno anual atinge seu pico na madrugada de 22 de abril, por volta das 2h (horário de Brasília), quando a taxa pode chegar a 18 meteoros por hora. A melhor observação ocorre em locais escuros, longe da poluição luminosa das cidades, com o radiante da chuva posicionado próximo à estrela Vega, no quadrante Norte.
O astrônomo Marcelo De Cicco, parceiro do Observatório Nacional, explica que o fenômeno ocorre entre 14 e 30 de abril, e destaca a importância de observar os pontos cardeais para identificar a direção correta. Meteoros, ao entrarem na atmosfera terrestre, queimam parcial ou totalmente, criando os riscos luminosos popularmente chamados de “estrelas cadentes”. O estudo desses eventos ajuda a entender a dinâmica de detritos espaciais e sua interação com a Terra.
Além do espetáculo visual, as chuvas de meteoros fornecem dados valiosos para missões espaciais e pesquisas científicas, como a proteção de satélites e a compreensão da formação do Sistema Solar. Detritos analisados podem revelar informações sobre cometas, fragmentos lunares e até objetos próximos à órbita terrestre (NEOs). O fenômeno é uma oportunidade única para entusiastas da astronomia e pesquisadores observarem a conexão entre o nosso planeta e o cosmos.