A retaliação da China contra as novas tarifas dos Estados Unidos deve acelerar a migração de Pequim para fornecedores alternativos de produtos agrícolas, com o Brasil emergindo como principal beneficiário. As medidas incluem tarifas adicionais de 34% sobre importações agrícolas dos EUA, impactando especialmente a soja e o sorgo. Com isso, a demanda chinesa deve se concentrar no Brasil, que tem uma safra recorde, enquanto outros países como Argentina e Paraguai também podem se beneficiar.
Text: A guerra comercial entre China e EUA já vinha reduzindo as importações agrícolas norte-americanas, que caíram de US$ 42,8 bilhões em 2022 para US$ 29,25 bilhões em 2024. Analistas destacam que os prêmios da soja sul-americana devem se fortalecer ao longo do ano, impulsionando possíveis expansões na área plantada, principalmente no Brasil. A União Europeia também pode adotar medidas semelhantes, aumentando a pressão sobre os produtores dos EUA.
Text: Além das tarifas, a China suspendeu importações de sorgo e produtos avícolas de algumas empresas norte-americanas, citando questões fitossanitárias. O movimento reforça a tendência de diversificação de fornecedores e deve influenciar os mercados globais, com impactos “baixistas” para os produtos agrícolas dos EUA e “altistas” para outras origens. A situação pode se intensificar caso não haja um acordo antes da nova safra norte-americana no segundo semestre.