O governo da China afirmou que a decisão dos Estados Unidos de excluir smartphones, computadores e outros eletrônicos das tarifas de importação elevadas representa um avanço modesto na correção de medidas unilaterais consideradas equivocadas. Em comunicado divulgado no WeChat, o Ministério do Comércio chinês destacou que a medida é um “pequeno passo” e instou os EUA a darem passos maiores para revogar completamente as tarifas, retomando o diálogo baseado no respeito mútuo.
A isenção anunciada pela administração norte-americana abrange cerca de US$ 390 bilhões em importações, incluindo mais de US$ 101 bilhões em produtos chineses, segundo dados de 2024. A mudança reduz o alcance das tarifas recíprocas, que antes atingiam 125% sobre itens da China e 10% sobre a maioria de outros países. Analistas destacam que a medida pode aliviar parte das tensões comerciais, mas ainda está longe de resolver disputas mais profundas.
A China reiterou a necessidade de os EUA abandonarem completamente as tarifas unilaterais e optarem por negociações equilibradas para resolver divergências. O posicionamento reflete a insistência de Pequim em uma solução diplomática, embora o impacto real da isenção sobre o comércio bilateral ainda dependa de ações futuras de ambas as partes. O cenário segue em aberto, com expectativas de novos movimentos nas relações econômicas entre as duas potências.