A China decidiu isentar algumas importações dos Estados Unidos de suas tarifas de 125%, solicitando que empresas identifiquem produtos essenciais que precisam ser liberados das taxas. A medida, ainda não divulgada publicamente, reflete preocupações com os impactos econômicos da guerra comercial e surge após sinais de alívio nas tensões por parte de Washington. Um comunicado do Politburo destacou a necessidade de estabilidade, apoiando empresas e trabalhadores afetados, mas também reforçou a disposição da China para enfrentar uma prolongada disputa comercial, se necessário.
Um grupo de trabalho do Ministério do Comércio chinês está coletando listas de itens que podem ser isentos, incluindo medicamentos e peças aeroespaciais, conforme relatos de empresas e câmaras de comércio. Reuniões com mais de 80 empresas estrangeiras discutiram os efeitos das tarifas norte-americanas, enquanto uma lista preliminar com 131 categorias de produtos circulava em redes sociais, embora sem confirmação oficial. Empresas farmacêuticas e do setor aeroespacial já relataram isenções concedidas, indicando que as medidas podem ser direcionadas a setores específicos.
Apesar dos gestos de flexibilização, a China mantém sua posição de que só aceitará um acordo se os EUA retirarem suas tarifas de 145%. Enquanto isso, a União Europeia também busca esclarecimentos sobre possíveis isenções, já que muitas empresas europeias dependem de componentes críticos importados dos EUA. O movimento sugere um possível alívio temporário, mas a disputa comercial ainda está longe de uma resolução definitiva.