O governo chinês orientou suas companhias aéreas a suspenderem negócios com a fabricante norte-americana Boeing, além de desencorajar a compra de peças e equipamentos de empresas dos EUA. A medida é uma resposta às tarifas impostas pelo governo norte-americano, que recentemente elevou as alíquotas para produtos chineses para 145%. As três principais companhias aéreas da China — Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines — planejavam expandir suas frotas com aeronaves da Boeing até 2027, mas agora enfrentam incertezas devido às restrições.
A guerra comercial tem se intensificado desde fevereiro de 2025, com idas e vindas nas políticas tarifárias. Enquanto os EUA concederam alívio a alguns parceiros, como Japão e União Europeia, mantiveram ou aumentaram as taxas para outros, incluindo China e Brasil. As ações da Boeing caíram 1,87% após o anúncio das restrições chinesas, refletindo o impacto das tensões comerciais no mercado.
Além disso, a Bolsa de Xangai registrou queda acumulada de 3,39% em 2025, sinalizando preocupação com o cenário econômico. A China também estuda medidas para auxiliar empresas dependentes de equipamentos norte-americanos, indicando que as repercussões da disputa podem se estender além do setor aéreo. O conflito comercial continua a gerar instabilidade, com ambos os lados adotando medidas retaliatórias sem perspectiva imediata de resolução.