A China afirmou que tomará medidas de retaliação contra os Estados Unidos após a ameaça do governo norte-americano de impor tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses. O Ministério do Comércio da China classificou a medida como “infundada” e um ato unilateral de intimidação, reforçando que as ações do país visam proteger sua soberania e a ordem comercial internacional. A resposta chinesa já incluiu tarifas retaliatórias, e há indicações de que mais medidas podem ser implementadas se os EUA insistirem na escalada.
A ameaça do governo norte-americano, que elevaria as tarifas totais sobre produtos chineses para 104%, gerou preocupações sobre um agravamento da guerra comercial e seus impactos na economia global. Mercados financeiros, de Tóquio a Nova York, reagiram com instabilidade, enquanto analistas alertam para possíveis aumentos de preços para consumidores americanos e um redirecionamento das exportações chinesas para outros mercados, como a União Europeia. Autoridades da Reserva Federal já sinalizaram riscos inflacionários decorrentes das tarifas.
Enquanto isso, a União Europeia sinalizou que buscará ampliar parcerias comerciais além dos EUA, destacando oportunidades em outros mercados. Com um volume de comércio bilateral estimado em US$ 582 bilhões em 2024, a disputa entre as duas maiores economias do mundo continua a gerar incertezas, sem perspectivas imediatas de resolução.