A China solicitou aos Estados Unidos nesta quinta-feira (10) que ambos os países encontrem um acordo de meio-termo para encerrar a guerra comercial, em meio a um cenário de euforia nos mercados globais. O pedido ocorreu após o anúncio da suspensão temporária, por 90 dias, das novas tarifas americanas para dezenas de países. No entanto, a China foi excluída da pausa e teve suas tarifas elevadas para 125%, intensificando a disputa entre as duas maiores economias do mundo. Pequim alertou que as medidas prejudicarão a estabilidade econômica global e destacou que a porta para diálogo permanece aberta, desde que baseado em respeito mútuo.
Os mercados reagiram com alívio à decisão surpresa, com bolsas asiáticas e europeias registrando altas expressivas. Wall Street também teve recuperação significativa, impulsionada pelo anúncio inesperado. Parceiros comerciais dos EUA, como a União Europeia e o Japão, celebraram a medida, mas pressionaram por revisões em outras taxas. A diretora-geral da OMC advertiu que o conflito comercial pode reduzir drasticamente o fluxo de bens entre China e EUA e impactar o PIB global em longo prazo.
Apesar do otimismo nos mercados, a tensão diplomática entre os dois países persiste, com a China recomendando cautela a seus cidadãos que viajam aos EUA. Enquanto Trump afirmou que a suspensão temporária não representa um recuo em sua estratégia, a busca por acordos comerciais nos próximos meses será crucial para evitar novos desequilíbrios na economia mundial.