O Ministério das Finanças da China anunciou nesta quarta-feira (9) a imposição de tarifas adicionais de 84% sobre produtos importados dos Estados Unidos, em resposta às taxas de 104% aplicadas pelos EUA a bens chineses. A medida entra em vigor nesta quinta-feira (10), no mesmo dia em que os americanos começam a cobrar uma tarifa extra de 50% sobre importações da China. Em comunicado à OMC, o governo chinês expressou “grave preocupação” com a escalada comercial, classificando as ações dos EUA como “imprudentes”.
A disputa comercial tem repercussões globais, afetando não apenas os dois países, mas também nações como Brasil, Vietnã e Bangladesh, que enfrentam tarifas extras de 10% a 50%. Analistas alertam que as medidas podem elevar preços nos EUA, com famílias perdendo em média US$ 3.800 este ano devido ao impacto nas cadeias produtivas. Além disso, estima-se que os investimentos no país sejam ameaçados, com possíveis perdas de até US$ 2 trilhões.
Enquanto o governo chinês promete “lutar até o fim” contra o que chama de “chantagens tarifárias”, o líder americano defende suas políticas, afirmando que as tarifas estão aumentando o caixa do país e incentivando negociações com outras nações. No Congresso dos EUA, however, há resistência até mesmo entre aliados, com discussões sobre projetos para limitar o poder executivo na imposição de tarifas. A situação coloca em risco a estabilidade econômica global, com ambos os lados mantendo posições firmes.