O Ministério das Relações Exteriores da China manifestou críticas ao plano dos Estados Unidos de impor taxas portuárias e tarifas sobre navios e equipamentos de movimentação de carga de origem chinesa. Em coletiva de imprensa, um porta-voz afirmou que a medida é prejudicial para ambos os países e que a China adotará as ações necessárias para proteger seus interesses. A declaração foi uma resposta ao anúncio do Representante Comercial dos EUA, que pretende cobrar valores elevados por viagem de embarcações chinesas aos Estados Unidos, com o objetivo de incentivar a indústria naval doméstica americana.
Segundo as novas regras, navios de propriedade ou produzidos pela China serão taxados a cada viagem, com valores que variam conforme a tonelagem e o tipo de carga. Embarcações não chinesas, mas construídas na China, também estarão sujeitas a tarifas, embora menores. As taxas aumentarão progressivamente nos próximos anos, e algumas restrições poderão ser suspensas se as empresas comprovarem pedidos de navios fabricados nos EUA. Além disso, transportadoras de veículos e gás natural liquefeito (GNL) enfrentarão cobranças adicionais, com restrições ao GNL sendo implementadas gradualmente ao longo de duas décadas.
A medida exclui certas categorias, como exportações de commodities a granel em navios que chegarem vazios aos EUA, além de viagens em regiões específicas, como os Grandes Lagos e o Caribe. A China, no entanto, considera a política discriminatória e promete defender seus direitos, enquanto os EUA justificam a ação como forma de reaquecer sua indústria naval. O impasse pode tensionar ainda mais as relações comerciais entre as duas potências.