A China organizará uma reunião informal no Conselho de Segurança da ONU na próxima semana para debater os efeitos do unilateralismo e das práticas de intimidação nas relações internacionais. O encontro, marcado para 23 de abril, convida todos os 193 países-membros da organização e critica explicitamente os Estados Unidos pelo uso de tarifas como ferramenta de pressão econômica. Segundo uma nota conceitual divulgada, essas medidas teriam violado as regras do comércio global e criado instabilidade no sistema multilateral.
O contexto da reunião é a escalada da guerra comercial entre os dois países, iniciada após a imposição de tarifas elevadas sobre produtos chineses. A China argumenta que tais ações prejudicam não apenas sua economia, mas também os esforços mundiais por paz e desenvolvimento, afetando especialmente nações em desenvolvimento. A postura linha-dura de Pequim reflete sua disposição de levar o debate para o cenário internacional, buscando apoio contra as medidas unilaterais.
Enquanto isso, a agência de Comércio e Desenvolvimento da ONU alertou que as tensões comerciais podem reduzir o crescimento econômico global para 2,3%, aumentando o risco de recessão. A missão dos EUA na ONU foi contactada para comentários, mas não respondeu imediatamente. O evento destacará as divergências entre as duas maiores economias do mundo, em um momento de crescente incerteza no cenário internacional.