A China tem investigado empresas norte-americanas que operam em seu território para identificar quais componentes importados dos EUA não podem ser substituídos por fornecedores de outros países. A medida visa antecipar possíveis interrupções na produção local caso as tarifas de importação, impostas como retaliação às taxas do governo Trump, afetem as cadeias de suprimentos. Segundo Michael Hart, presidente da Câmara de Comércio Americana na China, a iniciativa reflete a preocupação chinesa em minimizar danos à sua economia.
Embora o governo chinês afirme estar disposto a manter a disputa comercial, a aproximação com as empresas norte-americanas sugere cautela diante dos riscos para a indústria local. Empresas como Boeing, Honeywell e Qualcomm, membros da câmara de comércio, estão entre as que podem ser impactadas pelas tarifas. A estratégia de Pequim indica um equilíbrio entre retaliar os EUA e proteger seus próprios interesses econômicos.
A situação destaca a complexidade da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, onde medidas de retaliação podem ter efeitos colaterais significativos. A China, ao buscar informações detalhadas das empresas, demonstra uma abordagem pragmática para evitar rupturas em setores estratégicos. O desfecho dessa disputa ainda é incerto, mas a movimentação recente revela a importância das cadeias globais de suprimentos na definição de políticas comerciais.