A China impôs tarifas de 34% sobre importações dos Estados Unidos em resposta a medidas similares anunciadas pelo governo americano. O vice-ministro do Comércio chinês, Ling Ji, destacou que as tarifas visam proteger os direitos e interesses legítimos das empresas, incluindo as americanas, e reafirmou o compromisso do país em ser um destino seguro e promissor para investidores estrangeiros. Durante uma reunião com representantes de empresas como Tesla, GE Healthcare e Medtronic, Ling Ji enfatizou que as medidas buscam recolocar os EUA no caminho do sistema comercial multilateral.
O governo chinês criticou as ações dos Estados Unidos, acusando Washington de violar normas comerciais internacionais e praticar hegemonia em nome da reciprocidade. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China classificou as tarifas americanas como um caso de unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica, argumentando que elas prejudicam os interesses de outros países, especialmente os em desenvolvimento. Pequim ressaltou que as contramedidas, que entram em vigor em 10 de abril, são uma resposta necessária para equilibrar as relações comerciais.
Apesar das tensões, a China destacou seu papel como um dos principais destinos das exportações americanas, com vendas de US$ 144,6 bilhões em 2024, enquanto as exportações chinesas para os EUA somaram US$ 439,7 bilhões. O vice-ministro Ling Ji pediu cooperação pragmática entre as empresas para manter a estabilidade das cadeias de suprimentos globais e promover benefícios mútuos. O discurso reforçou a posição da China como defensora do comércio multilateral e do desenvolvimento econômico equilibrado.