O chimarrão, bebida típica do Sul do Brasil feita com erva-mate e água quente, é mais do que um hábito—é uma tradição que une famílias e amigos. No entanto, seu consumo por crianças exige atenção, devido aos efeitos da cafeína, presente naturalmente na erva-mate. Pediatras alertam que a substância pode causar agitação, insônia e taquicardia em crianças, especialmente menores de dois anos, e não há versão totalmente descafeinada da bebida. Além disso, a água quente usada no preparo representa risco de queimaduras, tanto na pele quanto na mucosa bucal e no esôfago.
Text: Especialistas sugerem que, se a tradição for mantida com os pequenos, a bebida seja servida em temperatura mais baixa para evitar acidentes. A engenheira Daiane Ehrhardt, que trabalha com máquinas para o setor ervateiro, compartilha práticas adotadas em casa, como misturar água fria ao chimarrão e participar de rodas de conversa em família, mantendo viva a cultura sem descuidar da segurança. Ela destaca que o momento do chimarrão pode ser uma oportunidade para fortalecer laços e transmitir valores culturais.
Text: Apesar do aspecto cultural, médicos recomendam desencorajar o consumo regular por crianças, reservando-o para ocasiões pontuais. Enquanto a tradição segue sendo um símbolo de conexão e identidade gaúcha, equilibrar preservação e cuidados com a saúde dos mais jovens é essencial. Assim, a roda de chimarrão continua, mas com adaptações que garantam sua continuidade sem riscos desnecessários.