A cheia no Amazonas já impactou 118.474 pessoas, conforme o mais recente boletim da Defesa Civil do estado. Dez municípios estão em situação de emergência, com rios como o Madeira, Purus e Juruá atingindo níveis críticos. O Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos alerta que as nove calhas de rios no estado continuarão em processo de cheia até junho, embora a previsão seja de uma inundação leve a moderada este ano.
O aumento do volume dos rios é atribuído ao Inverno Amazônico, que trouxe chuvas acima da média, e ao fenômeno La Niña, que intensificou as precipitações na região. Cidades como Humaitá e Manicoré enfrentam perdas agrícolas e interrupções nas aulas, com escolas adaptando métodos para levar conteúdo aos alunos. O governo estadual já enviou alimentos, água e medicamentos para as áreas mais afetadas.
Em Manaus, o Rio Negro atingiu 27,39 metros, com previsão de chegar a 28,68 metros, próximo à cota de inundação severa. A prefeitura começou a construir pontes em áreas alagadas, como no bairro São Jorge. Enquanto isso, rios como o Amazonas e o Solimões devem permanecer abaixo de suas cotas históricas, mas ainda em níveis preocupantes. A Defesa Civil monitora 36 municípios em estado de atenção e 16 em alerta, sem nenhum em normalidade.