O Kremlin anunciou um cessar-fogo unilateral de três dias na Ucrânia, marcado para o início de maio, coincidindo com as comemorações do 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial. O governo russo justificou a medida como um gesto humanitário e sugeriu que espera uma resposta semelhante da Ucrânia. No entanto, autoridades ucranianas questionaram o timing da proposta, argumentando que, se a Rússia realmente deseja a paz, deveria parar os ataques imediatamente, e não apenas por um período limitado.
Esta não é a primeira vez que Moscou declara uma trégua temporária. Durante a Páscoa, um cessar-fogo de 30 horas foi violado, segundo relatos ucranianos, levantando suspeitas sobre a sinceridade das ações russas. Analistas sugerem que a medida pode ser uma estratégia de relações públicas, especialmente diante das críticas recentes de líderes internacionais, que questionam o compromisso do Kremlin com o fim do conflito.
Enquanto isso, a resposta dos Estados Unidos foi cautelosa. A Casa Branca destacou a necessidade de um cessar-fogo permanente, expressando frustração com ambos os lados. A proposta russa de três dias, portanto, parece não ter convencido totalmente a comunidade internacional, deixando dúvidas sobre se o gesto é um passo genuíno para a paz ou mais uma manobra política.