O CEO do JPMorgan Chase expressou preocupação com os impactos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, alertando que as tarifas impostas pelo governo americano podem prejudicar a credibilidade econômica do país. Em entrevista ao Financial Times, ele destacou a necessidade de um engajamento imediato entre Washington e Pequim para evitar maiores turbulências nos mercados globais. Apesar de os EUA ainda serem vistos como um porto seguro devido à sua prosperidade e estabilidade, as medidas protecionistas podem ameaçar essa posição.
O executivo comentou sobre a volatilidade nos mercados financeiros após o anúncio de tarifas recíprocas, que levaram investidores a retirar recursos de títulos do governo americano, elevando os rendimentos de títulos de 10 anos. Ele classificou os movimentos como “desordenados”, mas ressaltou que a maioria dos mercados permaneceu estável. Além disso, defendeu uma abordagem mais colaborativa na política comercial, sugerindo negociações com aliados como Europa, Reino Unido e Japão para fortalecer relações econômicas.
Por fim, o CEO abordou brevemente questões de liderança corporativa, enfatizando que características como coragem e capacidade serão essenciais para seu sucessor no JPMorgan. Ele também descartou qualquer interesse em uma candidatura presidencial no futuro, focando-se em sua atuação no setor financeiro. As declarações refletem uma visão cautelosa sobre os rumos da política comercial e seus efeitos na confiança global nos EUA.