O CEO do JPMorgan emitiu um alerta sobre os impactos negativos da política tarifária do governo dos EUA, destacando que as medidas podem elevar a inflação, desacelerar o crescimento econômico e até aumentar o risco de recessão. Em sua carta anual aos acionistas, ele argumentou que as tarifas, mais severas do que o esperado, podem fragilizar a posição global dos Estados Unidos, minando alianças econômicas e militares que sustentam sua influência. O executivo, que antes se mantinha cauteloso, agora adota um tom mais direto, pedindo que o mercado se prepare para possíveis turbulências.
Além dos efeitos econômicos, o texto ressalta que a política externa “America First” pode isolar os EUA, enfraquecendo sua liderança no longo prazo. Dimon também mencionou que, mesmo com recentes quedas no mercado de ações, os preços permanecem elevados, e a velocidade da correção pode ser preocupante, comparável apenas ao colapso inicial da pandemia em 2020. A combinação desses fatores exige cautela, já que as consequências das tarifas ainda são incertas, mas potencialmente disruptivas.
O alerta reflete preocupações mais amplas sobre a instabilidade geopolítica, incluindo conflitos como os da Ucrânia e do Oriente Médio, que já pressionam a economia global. Embora o CEO tenha reconhecido anteriormente possíveis benefícios das tarifas para a indústria nacional, a escalada recente das medidas levou a uma mudança em seu posicionamento. O texto conclui que, sem ajustes, a política comercial atual pode ter custos significativos para os EUA e seus parceiros.