O Banco Central do Uruguai (BCU) elevou sua taxa de juros em 25 pontos-base, atingindo 9,25%, em uma medida para conter as pressões inflacionárias. A decisão marca o início de uma política monetária mais restritiva, com o objetivo de alinhar as expectativas de inflação à meta anual de 4,5%. A mudança reflete a preocupação do BCU em manter a estabilidade econômica, mesmo com a inflação atual ainda dentro da faixa de tolerância.
Em março, a inflação anual no Uruguai subiu para 5,67%, permanecendo por 22 meses consecutivos entre 3% e 6%, limite estabelecido pelo banco central. No entanto, as projeções para os próximos dois anos continuam no limite superior da banda, indicando pressões persistentes. O aumento dos juros busca sinalizar compromisso com o controle de preços, evitando desvios maiores no futuro.
A medida do BCU segue tendências globais de aperto monetário, embora o Uruguai mantenha relativa estabilidade comparado a outros mercados emergentes. Analistas destacam que a manutenção da inflação dentro da meta dependerá de fatores externos e da eficácia das políticas adotadas. O próximo movimento do banco central deve ser guiado pela evolução dos indicadores econômicos nos próximos meses.