O Censo Demográfico 2022, divulgado pelo IBGE, apontou que apenas 28,2% dos moradores de Belo Horizonte têm acesso a rampas de acessibilidade nas calçadas próximas de suas residências. Em Minas Gerais como um todo, o índice cai para 14,3%. O levantamento também destacou que 68,8% da população urbana do Brasil reside em vias sem rampas para cadeirantes, uma melhora em relação a 2010, quando 95,2% das áreas não contavam com essa estrutura.
A falta de infraestrutura afeta especialmente pessoas com deficiência física, que enfrentam dificuldades diárias de locomoção. Além disso, apenas 1,7% dos belo-horizontinos relatam a presença de sinalização para bicicletas em suas ruas. Ciclistas reclamam da escassez e má conservação de ciclovias, enquanto a prefeitura afirma que a cidade possui 113,2 km de vias para bicicletas e que a sinalização está em expansão.
A prefeitura de Belo Horizonte ressaltou que todas as obras de mobilidade incluem rampas de acessibilidade, visando facilitar o deslocamento de idosos e pessoas com deficiência. No entanto, os dados do IBGE mostram que os avanços ainda são insuficientes, destacando a necessidade de políticas públicas mais eficientes para melhorar a mobilidade urbana na capital mineira e em outras regiões do país.