A celebração do Dia de São Jorge, em 23 de abril, reuniu fiéis de diferentes tradições religiosas no centro do Rio de Janeiro. Na Igreja de São Jorge, devotos como a artesã Maria Rosa e o funcionário público Leonardo Nascimento buscaram forças para enfrentar desafios pessoais, destacando a emoção e a renovação espiritual proporcionadas pelo evento. Enquanto isso, seminaristas como Marcos Paulo Telles ofereciam bênçãos com água benta, reforçando a importância da fé e da comunidade.
Do lado de fora da igreja, representantes de religiões de matriz africana, como o babalorixá Luiz Alberto de Oxóssi, realizavam rituais com banhos de ervas e grãos, simbolizando prosperidade e equilíbrio. A iniciativa visava tornar as bênçãos mais acessíveis, especialmente para os mais carentes, e destacou o sincretismo entre São Jorge e Ogum. A manicure Julia Firmino Rosa, umbandista, exemplificou essa mistura de tradições ao participar tanto da missa católica quanto dos rituais afro-brasileiros.
A celebração mostrou como a data transcende barreiras religiosas, unindo pessoas em busca de esperança e fortalecimento espiritual. Com filas longas e uma atmosfera de devoção, o evento reforçou a importância da tolerância e da coexistência entre diferentes crenças, marcando mais um ano de tradição e fé compartilhada.