O caviar, tradicional símbolo de gastronomia refinada, tem aparecido em pratos criativos e acessíveis em restaurantes de luxo nos Estados Unidos. Estabelecimentos como The Modern, em Nova York, oferecem opções como cachorro-quente com caviar por US$ 39, enquanto o Coqodaq serve nuggets de frango com a iguaria por US$ 28. A tendência reflete a maior disponibilidade do produto no mercado, impulsionada pela produção em massa na China, que hoje domina 66% das exportações para os EUA.
Nos últimos anos, o preço do caviar chinês caiu significativamente, de US$ 450 para US$ 252 o quilo entre 2014 e 2020, segundo dados europeus. Com o aumento das importações norte-americanas, o ingrediente tornou-se mais acessível, permitindo que chefs inovassem em pratos que mantêm a aura de luxo, mas com abordagens descontraídas. Restaurantes aproveitam o apelo do caviar para atrair clientes, que acabam consumindo outros itens do cardápio.
A popularização do caviar ilustra como mudanças na produção global podem transformar hábitos de consumo. Enquanto a China democratiza o acesso ao produto, chefs norte-americanos reinventam seu uso, equilibrando sofisticação e criatividade. O resultado é uma gastronomia que mantém o charme do luxo, mas com preços mais convidativos e propostas inusitadas.