Um caso envolvendo uma acusação de estupro durante a gravação de um programa de TV em 2016 teve novos avanços nesta quarta-feira (23). A denunciante, uma humorista e ex-funcionária do programa, prestou depoimento em uma delegacia de Osasco, São Paulo, acompanhada por seu advogado. Ela alega que o acusado, um apresentador conhecido, teria cometido atos libidinosos sem consentimento durante uma cena ensaiada, com uso de força física e na presença de diversas testemunhas. O episódio teria ocorrido durante uma participação no palco, onde o acusado estava fantasiado e suspenso por cabos.
A denúncia formal foi registrada em março de 2025, e o Ministério Público determinou a abertura de investigação. A humorista relatou que, após o ocorrido, comunicou a produção do programa, que decidiu não mais convidar o apresentador. No entanto, ela afirma que ainda precisava se esconder nos estúdios para evitar encontros. O acusado nega as alegações, afirmando que a cena foi combinada previamente e que a acusação pode estar relacionada a uma demissão anterior. Ele anunciou planos de processar a denunciante por danos morais.
O caso reacendeu debates sobre assédio e violência sexual no ambiente de trabalho, especialmente na indústria do entretenimento. O inquérito policial segue em andamento, com análise de material audiovisual e depoimentos. Enquanto a denunciante mantém sua versão, o acusado prepara sua defesa. O tema tem gerado ampla repercussão nas redes sociais e no meio artístico, destacando a importância do diálogo sobre consentimento e responsabilidade profissional.