Um cardeal italiano decidiu não participar do conclave que elegerá o novo pontífice, após semanas de controvérsia sobre sua presença no processo. A decisão ocorreu após a divulgação de documentos oficiais do Vaticano que confirmaram sua exclusão, encerrando uma disputa sobre seus direitos como cardeal vitalício. O religioso havia sido afastado de suas funções em 2020, após investigações envolvendo desvios de recursos destinados a obras de caridade.
As investigações apontaram que valores foram desviados para a compra de um imóvel de luxo em Londres e para benefícios pessoais, incluindo repasses a parentes. Em dezembro de 2023, o cardeal foi condenado a mais de cinco anos de prisão e perdeu permanentemente o direito a cargos públicos, embora tenha recorrido da sentença. O caso danificou sua reputação dentro da Igreja, onde já foi considerado uma figura próxima ao papa e até um potencial sucessor.
A renúncia ao conclave marca o último capítulo de uma queda que começou com as acusações de irregularidades financeiras. Autoridades vaticanas reiteraram que a decisão foi baseada em regras canônicas, encerrando qualquer ambiguidade sobre sua participação. O caso também destacou os desafios que o próximo pontífice enfrentará, incluindo a necessidade de maior transparência nas finanças da Santa Sé.