O cardeal italiano Angelo Becciu, de 76 anos, declarou ao jornal *L’Unione Sarda* que participará do conclave para eleger o próximo papa, contrariando uma decisão do falecido papa Francisco, que o afastou de funções religiosas em 2020 após um escândalo financeiro. Becciu, que foi condenado a cinco anos de prisão por fraude fiscal em 2023, alega que sua exclusão do conclave não foi formalizada por escrito. A controvérsia surge em um momento crítico para a Igreja Católica, que se prepara para o conclave após a morte de Francisco em 21 de abril de 2025.
Enquanto isso, os preparativos para o funeral do papa seguem em andamento, marcado por mudanças significativas em relação à tradição. Francisco pediu para ser enterrado em um caixão simples de madeira revestido de zinco, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, rompendo com o costume de sepultamento em três caixões e dentro do Vaticano. A cerimônia ocorrerá no sábado (26 de abril), após uma missa na Basílica de São Pedro, seguida por nove dias de orações em homenagem ao pontífice.
O conclave, que elegerá o 267º papa, será realizado na Capela Sistina, com cardeais menores de 80 anos votando até que um candidato atinja dois terços dos votos. O resultado será anunciado por meio de fumaça branca ou preta, dependendo do desfecho. Francisco, que morreu aos 88 anos após complicações respiratórias, deixou um legado marcado por reformas e simplicidade, refletidos até em seus últimos ritos.