Um alto membro da Igreja Católica, anteriormente condenado a cinco anos e seis meses de prisão por desviar cerca de 200 milhões de dólares da Santa Sé, declarou sua intenção de participar do próximo conclave, apesar de ter sido excluído da lista oficial de eleitores. Os recursos, destinados originalmente a obras de caridade, foram utilizados em investimentos de alto risco e na compra de um imóvel luxuoso em Londres. A Justiça do Vaticano também impôs uma multa de 8 mil euros e uma proibição vitalícia para o exercício de funções públicas dentro da instituição.
O religioso, que já foi considerado uma figura influente e próximo ao papa Francisco, perdeu seus direitos ligados ao cardinalato após as acusações, embora continue negando qualquer irregularidade. Em entrevista, afirmou que a lista de cardeais aptos a votar no conclave não tem valor legal e deveria ser ignorada. Apesar de seu nome constar no Colégio de Cardeais, ele não está entre os 135 com direito a voto, podendo apenas participar dos preparativos, mas não da eleição em si.
O caso marcou uma queda significativa na trajetória do cardeal, que já foi visto como potencial sucessor do pontífice. Ele atribuiu a mudança na relação com o papa a um “teste de fé” e mantém a defesa de sua inocência, recorrendo da condenação. O Vaticano, por sua vez, reforçou que a participação no Consistório não implica a restauração de direitos cardinalícios.