O cardeal emérito Dom Raymundo Damasceno Assis, da Arquidiocese de Aparecida, enfatizou o legado inovador do Papa Francisco, marcado por uma Igreja mais acolhedora e aberta ao diálogo. Ele destacou que avanços como a maior participação feminina e a transparência financeira no Vaticano são irreversíveis. Dom Raymundo, que participará das Congregações Gerais em Roma, explicou que esses encontros são essenciais para debater os desafios da Igreja e formar o perfil do próximo pontífice, sem indicações diretas de nomes.
O processo de escolha do novo papa começa com as Congregações Gerais, onde cardeais de todo o mundo compartilham as realidades de suas regiões e discutem as expectativas para o futuro da Igreja. Em seguida, o Conclave, restrito a cardeais com direito a voto, ocorre em total isolamento, com votações seguidas de oração e reflexão. Dom Raymundo lembrou que, após a eleição, o anúncio do novo papa é marcado por uma celebração espontânea na Praça São Pedro.
O cardeal também reforçou a importância da diversidade na Igreja, citando que o próximo líder deve continuar acolhendo fiéis de todas as culturas. Embora não haja prazo definido para a conclusão do processo, ele expressou confiança na orientação do Espírito Santo para a decisão. O texto ainda ressalta as reformas de Francisco, como a saída do Vaticano da lista de paraísos fiscais e a criação de um conselho para supervisionar finanças, como marcas de seu pontificado.