Entre 2020 e 2024, 112 policiais militares do Rio de Janeiro foram baleados na cabeça durante operações, resultando em 46 mortes e 66 casos de sobreviventes com sequelas graves. Diante desses números, a Secretaria da Polícia Militar decidiu distribuir 3.395 capacetes balísticos para agentes de unidades operacionais e grupos especiais, como o Bope e o Naoe. O equipamento visa proteger os profissionais durante ações em comunidades, reduzindo riscos de ferimentos fatais ou incapacitantes.
A medida foi impulsionada por uma condenação judicial em 2018, quando o estado foi responsabilizado por não fornecer equipamentos de proteção adequados a um policial que sofreu um trauma craniano permanente. A decisão destacou a obrigação do poder público de garantir a segurança dos agentes em campo. Desde então, a falta de capacetes continuou a ser um problema, com casos recorrentes de policiais atingidos na cabeça, muitos deles dentro de viaturas blindadas.
Os dados mostram que, apesar das flutuações anuais, os incidentes permanecem em níveis alarmantes, com uma média de 22 casos por ano. A iniciativa de distribuir os capacetes balísticos busca não apenas salvar vidas, mas também evitar consequências jurídicas e custos associados a indenizações. A expectativa é que o equipamento traga maior segurança aos policiais em operações de alto risco, especialmente em áreas de conflito armado.