O cantor e compositor Antônio Barros, conhecido por sucessos como “É Proibido Cochilar” e “Bate Coração”, faleceu aos 95 anos no domingo (6), vítima de complicações da doença de Parkinson. Ele estava internado desde janeiro no Hospital Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa, e foi enterrado no Cemitério Parque das Acácias, cercado por familiares, amigos e admiradores. Artistas como Alcymar Monteiro e Jorge Altinho prestaram homenagens durante o velório, onde suas músicas foram cantadas em sua memória.
Nascido em Queimadas em 1930, Antônio Barros iniciou sua carreira na década de 1950 e, ao lado de sua companheira Cecéu, compôs mais de 700 canções, muitas interpretadas por grandes nomes da música brasileira, como Elba Ramalho e Gilberto Gil. Sua obra, reconhecida como patrimônio cultural imaterial da Paraíba em 2021, retrata a essência do povo nordestino e atravessa gerações. Em entrevista em 2020, ele relembrou sua trajetória, desde a infância até o sucesso nacional.
A deputada estadual Estela Bezerra, autora da lei que consagrou a obra do casal como patrimônio cultural, destacou a importância de Antônio Barros e Cecéu para a identidade paraibana e nordestina. Suas composições continuam a ser celebradas, com “É Proibido Cochilar” sendo a mais tocada nos últimos dez anos. A despedida do artista foi marcada por emocionantes tributos, encerrando uma vida dedicada à música e à cultura.